sexta-feira, 27 de março de 2015

RECONHECENDO QUE A VITÓRIA VEM DE DEUS

RECONHECENDO QUE A VITÓRIA VEM DE DEUS

Há alguns anos eu, juntamente com outros homens envolvidos com o ministério 

esportivo na Tailândia, fomos responsáveis por um time da terceira divisão local, o 

Christian Thai, formado por profissionais autônomos ou homens com horas de trabalho 

flexíveis, como motoboys, motoristas de táxi, vendedores de rua, etc. Esse time pertencia à 

Associação Cristã de Esportes da Tailândia.

Não conseguíamos treinar, apenas nos encontrávamos antes dos jogos. Nunca era o 

mesmo grupo, pois se algum jogador estivesse ocupado no dia do jogo, ele mandava algum 

amigo para substituí-lo. Sendo assim, cada partida tinha um time diferente. Os jogadores 

chegavam ao lugar onde seria o jogo, minutos antes do início da partida.

Cada jogador recebia o equivalente a R$ 35,00 ao final de cada partida. Eles 

jogavam mais por diversão e amor ao futebol do que por qualquer outra razão. Eles não 

Em um dos jogos mais importantes, quando poderíamos subir para a terceira 

divisão, eu reuni o grupo antes da partida e apresentei uma tática de jogo. Disse que se eles 

seguissem aquela orientação sairíamos vitoriosos, mesmo estando com o time desfalcado. 

Estávamos sem goleiro.

O jogo começou e surpreendentemente o nosso Christian Thai estava ganhando: 3 x 

0. Infelizmente, todo homem natural tem as suas fraquezas. Eu comecei a deixar que o 

orgulho tomasse conta de mim. Eu me achei um grande dirigente e que a causa daquele 

sucesso era porque eu, Gladimir, sabia como levar aquele time à vitória.

O intervalo chegou e os jogadores foram para o segundo tempo. Agora as coisas 

estavam mudando e o time adversário foi fazendo um gol após o outro e o resultado final 

foi 4 x 3 para o time adversário.

Cheguei em casa arrasado. A primeira coisa que fiz foi ir para o quarto, me ajoelhar 

ao lado da cama e chorar muito. Eu fiquei muito triste por ter me deixado engrandecer 

daquela forma e deixar de dar a glória para o único que merece a glória.

Foi uma dura lição, mas aprendi que só somos o que somos pela infinita graça do 

Pai e que Ele, e somente Ele, é o merecedor de toda a glória.

Gladimir Fernandes

Missionário na Tailândia.